segunda-feira, 15 de março de 2010

Lua cheia, imagem e imaginação


Lembro que era noite e a cidade ganhava um brilho a mais com a luz que vinha da lua. Irradiante e poente. No alto, os morros recebiam um contorno suave daquele fulgor. Era noite de terça-feira. Estava eu sentada no coletivo, que me trazera para casa, e a imaginar, ficava observando as estrelas e aquela fonte de luz, que despertava em meus olhos a curiosidade em estar frente a frente daquele corpo celeste. Sem a lua, não existe a noite (ouso eu a pensar). Ela enfeita o céu negro, inspira o toque entre corpo e corpo, derrete na alma uma imagem sublimar, e é a companhia de quem permanece desperto na madrugada insone. Lua cheia. Amiga luz. Aqui és pequena, acolá parece grande e mais adiante, se mostra gigante. Quantos lhe querem ver, sentir, ou simplesmente olhar.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Quero ser como ela

Parece uma rosa. Se fosse conto literário seria uma donzela. Na vida real parece um seda de tão delicada. Me recebe com um sorriso largo. Enfeita a vida com disciplina. E que disciplina, hein? Acorda todas as manhãs e começa o dia na cozinha, em companhia do chimarrão, sorvido, é claro, pelo seu príncipe. Depois, comanda com veracidade as normas da casa. Limpa isso, acomoda melhor aquilo, repara lá, faxina acolá. E não para por aí. No dia a dia é ela quem assume a direção, sem perder a razão e sem deixar-se levar pela emoção. Ela é linda. Sua alma aspira cordialidade. Como mulher é guerreira, como mãe, conselheira e como avó, é a orquídea do orquidário. Mais do que isso, é meu espelho. Vó querida, sei que não lerás essas linhas, ao menos que lhe mostre, mas saiba que no Dia Internacional da Mulher é através de você que parabenizo toda a esfera feminina. Parabéns espelho, espelho meu.