quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A trilha sonora da sua vida


Uma música transforma a vida. Ela cativa pela melodia, faz recordar momentos vividos. Entusiasma, encanta, dividi opiniões, faz chorar, faz rir.
A música pode tudo, se deixarmos tocar a alma. O toque clássico do arcodeón passa sussurrando pelos tímpanos; as notas do violão titubeiam o coração; o tom preciso do tambor vacila o pulmão. Uma música faz sentir a alma e, pode fazer sonhar. Arremessa-nos para o passado e nos projeta para o futuro. Na melhor das sensações, faz flutur e sairmos de si.
Uma boa pedida musical para iniciar bem 2010 está no link abaixo:
Desfrutem-la.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

"No mar estava escrita uma cidade" Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade foi generoso e sucinto nas palavras que descrevera o Rio de Janeiro “No mar estava escrita uma cidade”. A estátua em sua memória enfeita o Calçadão de Copacabana, que ainda é decorada pela orla da praia. Luzes, mar brando e famílias inteiras cruzam 24 horas o calçadão mais famoso do país.
Não por menos que a cidade maravilhosa continua linda e, melhor, se mantém atrativa pelos olhos de turistas a empresários, de donas de casa a advogados, ainda mais quando o assunto é Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016: os moradores já sonham com as mudanças para fortalecer, como alguns dizem, a oitava maravilha do mundo, o futebol.
Mas o povo carioca é distinto, alegre e conservador. Respiram Rio de Janeiro e vivem pelo estado carioca. Há quem diga os taxistas... Questionados pelo complexo trânsito, que muitas vezes tira o sossego de paulistas, gaúchos e mineiros, os cariocas se dizem tranqüilos e apreciadores das paisagens abençoadas pelo Cristo. Um monumento à parte do Rio de Janeiro. Um presente para o Brasil.
Vivenciar o Rio e reconhecer a sua tranqüilidade notória, baseada nas controversas da mídia foram retumbante. Desfrutar tantas belas paisagens, sentir, através das pegadas na areia o frescor da praia, caminhar descalço pelo calçadão da Avenida Atlântica, em Copa Cabana, escalar a montanha que leva ao pé do Cristo e mira-lo por poucos segundos, numa sensação de horas, justifica a emoção de não querer voltar, pelo menos no feriado de Nossa Senhora de Aparecida e aniversário de 78 anos do Cristo Redentor, 12 de outubro. Posso dizer que estar lá é sentir a alma renovada e mais uma vez, o enlevo por ser não carioca, mas brasileira.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A expressão livre sofre ataque


No ano em que o Brasil continua respirando os 200 anos da imprensa, comemorados no ano passado, países vizinhos sofrem ataques por bases governistas, que quando não usam subterfúgios jurídicos para impor o fechamento de emissoras, à censura é a autoclave que emerge contra o direito da expressão nos paises vizinhos.
A situação desse modismo na América Latina começou com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que “cerrou” a RCTV, maior veículo televisivo desse país, além de outras 34 emissoras de rádio.
Já na Bolívia, Evo Morales trabalha com a hipótese de estatizar o maior jornal do país, o La Razón.O problema lá, diz respeito a denúncias trazidas ao público contra o governo. Situação esta que difere de Honduras, país pobre e corrupto, no centro das atenções do mundo inteiro.
Ao querer mudar a constituição do seu país para candidatar-se num terceiro mandato, o governo do presidente da Câmara, Roberto Micheletti, golpeou o governo de Manuel Zelaya e expulsou o presidente de Honduras, que se refugiou na Embaixada Brasileira, em busca de asilo. O presidente interino fechou uma emissora de rádio e outra de TV, favoráveis ao governo de Zelaya.
Na Argentina, o governo Kirchner foi alvo de denúncias de corrupção. A rainha daquele país submeteu concessões a um controle rígido na programação transmitida, mas nada foi à diante depois que 200 fiscais da Receita Federal invadiram o maior jornal do país, o Clarín, que denunciou fraudes do governo.
No Brasil, a liberdade de expressão da imprensa está em pleno vigor. Depois dos escândalos contra Sarney no Congresso, onde foi comprovado que familiares recebiam altos salários sem trabalhar, a imprensa foi, mais uma vez, aliada da população. Denunciou, informou e não teve medo de represálias, digno de uma imprensa livre, respeitada e séria, que contribui para o exercício da democracia do nosso país.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Em dia com a felicidade


Não há razão para incertezas. A juventude vem logo ali, à frente da infância e atrás da fase adulta. Mas quem determinou essa linha da vida, se não nós mesmos, incapazes de agir como crianças e meninas mimadas da adolescência, em plena vitalidade dos 30, 40, 50 e acima dos 60 anos. Muitas já se sentiram incapazes de voltar para um momento “furor” ou “fora de si”, cuja resposta para as insanidades temporárias dá-se pela somatória dos copos de wiski com coca-cola ingeridas durante aquele jantar omisso e longe de qualquer gesto natural.
É nesse meio evasivo que observo atentamente à figura feminina. Algumas vezes me surpreendo pela vitalidade e disposição de algumas mulheres que se deixam viver, de forma solta e serena, sem pensar nas marcas ocasionadas pelo tempo. Outras vezes me afronto pela nostalgia da mulher que se prende aos ofícios de casa, de mãe, de esposa, impedindo-se de se aventurar nas maravilhas que o mundo reserva, seja um passeio no parque a duas quadras de casa ou, uma aventura mais atípica, como aquela que seria arranjada uma vez na vida. Soltar de pára-quedas, quem sabe.
A mulher precisa libertar-se das imposições predestinadas a ela nos tempos da tão antiga e recente era das cavernas, onde o homem caça e a mulher cuida, protege filho, lar e fogão, contrariando as suas próprias vontades.
Foi lendo uma matéria instigante publicada no Jornal Zero Hora, na qual, congressistas informaram que a felicidade completa inicia-se aos 35 anos, que lembrei da mulher como uma figura violada pelo tempo e indispensável pela padronização de uma constituição social livre e igualitária.
E A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe é a fragilidade de libertar-se à novas experiências. Sai bem mais em conta.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A alegria de ser uma finalista no Primeira Pauta da Zero Hora. Considero uma homenagem ao meu querido vô

Em uma tarde de sábado, a brisa fresca que vinha do pé de laranjeira amenizava o calor sufocante do verão. Éramos meu avô e eu: ele, maravilhado pelas histórias que o tempo não apagara; eu, a ouvinte ou, quem sabe, confidente. Naquela tarde, em janeiro de 1998, aprendi pela história contada por meu avô que as lembranças têm vida. Ele me levou a Porto Alegre, precisamente ao dia 16/11/ 1955. Para quem, como ele, vive sob o refúgio do Interior, um passeio à Capital é o prenúncio de uma aventura. Já em Porto Alegre, seus olhos acompanhavam com atenção o movimento: pessoas, carros, bondes elétricos. Diante do sossego quase ininterrupto do Interior, o que ali se via era o mesmo que em filmes e novelas – tudo parecia estar fora de controle. Na Praça da Alfândega, lugar de fácil acesso mesmo para os desacostumados à agitação dos “tempos modernos”, a juventude da época – rapazes com a camisa desabotoada no colarinho e o pente fino, peça fundamental para embelezar os cabelos com gel Glastora –, se encontrava para um inocente sorvete na Praça XV. Uma volta pela charmosa Rua da Praia e lá estavam a razão do passeio: os livros, expostos pelas 14 barracas no monumento ao General Osório. O conto, a poesia, as páginas coloridas ou em preto e branco traduziam a importância daquele momento que, para um jovem do interior, era como descobrir o mundo. Nada mais importava. Não havia vontade de retornar para casa, tamanha havia sido a simpatia com os livros. Meu avô, sentado ao pé de laranjeira muito tempo depois, me narrou a emoção de visitar a 1ª Feira do Livro de Porto Alegre. Esta é a reportagem que eu gostaria de ter feito. Ser repórter naquela época para acompanhar o passeio de jovens e descrever as descobertas mágicas de muitos gaúchos na 1ª Feira do Livro de Porto Alegre.