quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Em dia com a felicidade


Não há razão para incertezas. A juventude vem logo ali, à frente da infância e atrás da fase adulta. Mas quem determinou essa linha da vida, se não nós mesmos, incapazes de agir como crianças e meninas mimadas da adolescência, em plena vitalidade dos 30, 40, 50 e acima dos 60 anos. Muitas já se sentiram incapazes de voltar para um momento “furor” ou “fora de si”, cuja resposta para as insanidades temporárias dá-se pela somatória dos copos de wiski com coca-cola ingeridas durante aquele jantar omisso e longe de qualquer gesto natural.
É nesse meio evasivo que observo atentamente à figura feminina. Algumas vezes me surpreendo pela vitalidade e disposição de algumas mulheres que se deixam viver, de forma solta e serena, sem pensar nas marcas ocasionadas pelo tempo. Outras vezes me afronto pela nostalgia da mulher que se prende aos ofícios de casa, de mãe, de esposa, impedindo-se de se aventurar nas maravilhas que o mundo reserva, seja um passeio no parque a duas quadras de casa ou, uma aventura mais atípica, como aquela que seria arranjada uma vez na vida. Soltar de pára-quedas, quem sabe.
A mulher precisa libertar-se das imposições predestinadas a ela nos tempos da tão antiga e recente era das cavernas, onde o homem caça e a mulher cuida, protege filho, lar e fogão, contrariando as suas próprias vontades.
Foi lendo uma matéria instigante publicada no Jornal Zero Hora, na qual, congressistas informaram que a felicidade completa inicia-se aos 35 anos, que lembrei da mulher como uma figura violada pelo tempo e indispensável pela padronização de uma constituição social livre e igualitária.
E A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe é a fragilidade de libertar-se à novas experiências. Sai bem mais em conta.

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